SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O primeiro encontro de Ricardo Nunes (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno está marcado, mas será fechado ao público. Segundo o prefeito, ele e Bolsonaro participarão de um café da manhã no próximo dia 22 com lideranças do PL em São Paulo (SP).

O ex-presidente apoia oficialmente Nunes desde o início da campanha, mas deu sinalizações dúbias quando o influenciador Pablo Marçal (PRTB) começou a crescer nas pesquisas de intenção de voto. A postura foi lembrada nesta semana pelo pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente, que o chamou de “omisso” e “covarde” pela sua atuação em São Paulo e Curitiba.

Após Nunes passar para o segundo turno, sua campanha se divide em relação a qual deve ser a participação do ex-mandatária. Bolsonaristas que orbitam o entorno do prefeito insistem que Nunes faça gestos à direita e que o ex-presidente se faça presente em São Paulo, enquanto não bolsonaristas não veem necessidade disso.

“A princípio, vai haver uma reunião com lideranças do PL. Participarão deputados estaduais, deputados federais e vereadores, para a gente reforçar esses últimos dias de campanha”, afirmou o prefeito nesta sexta-feira.

A fala foi feita durante uma visita à Feira do Empreendedor 2024, promovida pelo Sebrae, na região do Jabaquara, na zona sul de São Paulo.

Depois do primeiro turno, Nunes tem mirado temas voltados ao empreendedorismo, buscando ampliar o eleitorado. Em sua campanha, Pablo Marçal (PRTB) tratou o fomento às empresas como um mantra.

O prefeito ainda comentou sobre o fato de o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ter recebido apoiadores de Marçal para pedir ajuda na campanha de Nunes nesta semana.

Ele recebeu Lucas Pavanato (PL), Sargento Nantes (PP) e Rubinho Nunes (União Brasil) nesta quinta-feira (10) no Palácio dos Bandeirantes, em reunião fora da agenda oficial. Os dois primeiros foram eleitos vereadores, e Rubinho foi reeleito.

“Eu não sabia que o Tarcísio tinha se encontrado com Rubinho Nunes. Eu mesmo quero distância dele. O que a gente quer são os eleitores do Pablo Marçal, que a pesquisa tem demonstrado que estão enxergando que nossa candidatura abriga a direita, uma candidatura que abriga a questão dos empreendedores, uma candidatura que vai derrotar a extrema esquerda”, disse o prefeito.

A relação entre o candidato à reeleição e Rubinho Nunes ficou tensa depois que o vereador declarou apoio ao autodenominado ex-coach. Nantes também fez parte da campanha de Marçal. Pavanato, o mais votado na capital, mostrou-se inclinado a apoiá-lo, mas não fez manifestação explícita para não ter problemas com seu partido, que integra a base de Nunes.