RIBEIRÃO PRETO E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As eleições em 18 cidades de São Paulo não foram definidas neste domingo (6) e precisarão de um segundo turno para saber quem será o próximo prefeito. A votação acontecerá no próximo dia 27.

Esse cenário era possível em 30 dos 645 municípios paulistas —esse é o número de cidades no estado que possuem mais de 200 mil eleitores, condição estabelecida pela Constituição para que a disputa possa ser decidida num segundo turno caso nenhum dos concorrentes ao cargo de prefeito obtenha mais de 50% dos votos válidos (excluídos os brancos e nulos).

O quadro produzido nas urnas pelos eleitores paulistas mostra um leve aumento desse número em relação à eleição de quatro anos atrás, quando 16 municípios precisaram do segundo turno para definir seus prefeitos, entre elas a capital. Em São Paulo, Bruno Covas (PSDB) derrotou Guilherme Boulos (PSOL) e governou até maio de 2021, quando morreu. Ricardo Nunes (MDB), seu vice, assumiu e agora vai enfrentar novamente o psolista, desta vez na cabeça da chapa.

Naquela eleição, porém, 28 cidades tinham a possibilidade de ter o segundo turno, duas a menos que agora. Nesse intervalo de quatro anos, Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo, e Sumaré, na região metropolitana de Campinas, passaram a ter mais de 200 mil eleitores.

Entre as duas, apenas a a segunda decidirá o prefeito daqui três semanas —os candidatos serão Henrique do Paraíso (Republicanos) e Willian Souza (PT). Em Embu das Artes, Hugo Prado (Republicanos) ganhou neste domingo. Também serão convocados para uma nova votação ainda neste mês os eleitores de Guarulhos, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto, Diadema, Jundiaí, Mauá, Piracicaba, Barueri, Franca, Taubaté, Guarujá, Limeira, Taboão da Serra e Sumaré, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Em alguns desses municípios, o segundo turno foi uma surpresa.

Em Ribeirão Preto, por exemplo, cidade com quase 700 mil habitantes a mais de 300 quilômetros da capital, uma pesquisa da Quaest divulgada neste sábado (5) mostrava o candidato Ricardo Silva (PSD) com 63% das intenções de voto —bem à frente do segundo colocado no levantamento, Roque (PT), que marcava 17%. O petista, no entanto, ficou em terceiro lugar, atrás de Silva, que conseguiu 48,4% dos votos, e Marco Aurelio (Novo), que marcou 24,9%.

Em 2020, a eleição precisou do segundo turno em São Paulo, Bauru, Campinas, Diadema, Franca, Guarulhos, Limeira, Mauá, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Praia Grande, Ribeirão Preto, São Vicente, Sorocaba, Taboão da Serra e Taubaté.

A maior cidade paulista a não ter disputa de segundo turno em 2024 é São Carlos (a 232 km de São Paulo), na região central do estado, que ficou a 2.472 eleitores de atingir os 200 mil necessários. A expectativa é que, na próxima eleição, o município, importante polo tecnológico no interior, ultrapasse a barreira.

Nela, a eleição foi vencida neste domingo por Netto Donato (PP), que obteve 53,5% dos votos válidos.

Veja, abaixo, os confrontos de segundo turno em São Paulo, a partir das cidades com mais eleitores:

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Cidades paulistas que terão 2º turno

São Paulo

Ricardo Nunes x Guilherme Boulos

Guarulhos

Lucas Sanches x Elói Pietá

São José dos Campos

Anderson x Eduardo Cury

Ribeirão Preto

Ricardo Silva x Marco Aurelio

Santos

Rogério Santos x Rosana Valle

São José do Rio Preto

Coronel Fabio Candido x Itamar

Diadema

Taka Yamauchi x Filippi

Jundiaí

Parismochi x Gustavo Martinelli

Mauá

Marcelo Oliveira x Atila

Piracicaba

Barjas Negri x Helinho Zanatta

Franca

Alexandre Ferreira x João Rocha

Taubaté

Ortiz Junior x Sergio Victor

Guarujá

Farid Madi x Raphael Vitiello

Limeira

Betinho Neves x Murilo Félix

Taboão da Serra

Engenheiro Daniel x Aprigio

Sumaré

Henrique do Paraíso x Willian Souza